Dra. Priscila Chahoud

O que é o Pneumologista Pediátrico?

A saúde respiratória infantil é um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento adequado das crianças. Desde o momento do nascimento, os pulmões desempenham um papel vital para garantir oxigênio ao organismo e permitir que os pequenos cresçam com energia, bem-estar e qualidade de vida. No entanto, diversas doenças e condições podem afetar o sistema respiratório infantil, prejudicando o crescimento e a saúde global.

Muitos problemas respiratórios podem ser confundidos com gripes ou resfriados, atrasando o tratamento adequado. Por isso, um acompanhamento especializado faz toda a diferença.

É nesse contexto que surge a Pneumologia Pediátrica, uma área médica especializada em diagnosticar, tratar e acompanhar problemas respiratórios em bebês, crianças e adolescentes. Como pneumologista pediátrica, meu objetivo é oferecer um cuidado integral e humanizado, trazendo informações claras e confiáveis para que pais, mães e responsáveis possam tomar as melhores decisões em relação à saúde respiratória de seus filhos.

Dra Priscila Chahoud é pediatra pneumologista em São Paulo. Atende atualmente no consultório na cidade de São Paulo/SP e tem mais de 15 anos de experiência em hospitais referência na região.

pneumologista dra priscila chahoud

Qual é a formação da Dra Priscila Chahoud?

  • Residência médica em Pediatria pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP)
  • Título de Especialista em Pediatria (TEP) pela Associação Médica Brasileira e Sociedade Brasileira de Pediatria
  • Complementação em Pneumologia pela Universidade de São Paulo (USP)
  • Título de Especialista em Pneumologia Pediátrica pela Associação Médica Brasileira e Sociedade Brasileira de Pediatria
  • Especialista do Sono Materno Infantil pelo IMPI (International Maternity and Parenting Institute)
  • Aprimoramento em Cuidados Paliativos pela Casa do Cuidar
  • Cadastrada no Corpo Clinico do Hospital Albert Einstein
  • Médica pediatra responsável por atendimentos da enfermaria de alta complexidade do setor de saúde suplementar no Instituto da Criança – Hospital das Clínicas da USP por 5 anos
  • Sócia da Associação Brasileira de Asmáticos (ABRA)

Na consulta da Dra Priscila Chahoud, ela vai te ouvir com calma, analisar cada detalhe no histórico do paciente, passando sempre o melhor tratamento, personalizado para cada caso.

Para avaliação de todos esses detalhes, a consulta dura o tempo que for necessário, geralmente 1 hora. Ofereço suporte pelo Whatsapp para urgências e disponibilidade de horários no mesmo dia, quando a criança está doente.

Neste artigo, você vai descobrir o que faz um pneumologista pediátrico, quais são as principais doenças respiratórias que afetam as crianças, como identificar sinais de alerta e quando buscar ajuda profissional.

Além disso, vou explicar a importância da prevenção, dos exames, dos tratamentos disponíveis e de uma abordagem multidisciplinar, sempre com uma linguagem acessível para que todos possam compreender.

Se você se preocupa com a saúde do seu filho e quer garantir que ele tenha uma vida plena e feliz, continue a leitura e saiba mais sobre como cuidar dos pulmões dos pequenos de forma adequada. E, caso perceba alguma necessidade específica, estarei à disposição para ajudar com consultas e orientações personalizadas

Qual a importância de um especialista em pneumologia pediátrica?

  • Abordagem personalizada: Cada criança tem necessidades específicas, e o pneumologista pediátrico está preparado para identificar esses detalhes e adequar o tratamento de forma individualizada.
  • Conhecimento das faixas etárias: O sistema respiratório se desenvolve ao longo dos primeiros anos de vida. O especialista sabe como esse desenvolvimento ocorre e quais doenças são mais comuns em cada fase.
  • Experiência com doenças típicas da infância: As patologias respiratórias infantis podem ser distintas das que ocorrem em adultos, demandando um olhar diferenciado e tratamentos adequados.

Principais Doenças Respiratórias em Crianças

Para que possamos entender melhor a atuação do pneumologista pediátrico, é fundamental conhecer algumas das doenças respiratórias mais frequentes na infância. A seguir, apresento uma lista das condições que costumam levar os pais a buscarem ajuda especializada.

  1. Asma
    1. Caracteriza-se pela inflamação crônica das vias aéreas, levando a sintomas como falta de ar, chiado no peito, tosse e sensação de aperto no tórax.
    2. Pode ser desencadeada por fatores alérgicos (ácaros, poeira, pelos de animais) ou não alérgicos (exercício físico, mudanças de temperatura).
    3. O acompanhamento médico regular ajuda a controlar as crises e a manter a qualidade de vida da criança.
  1. Bronquiolite
    1. Acomete principalmente bebês e crianças menores de 2 anos. A bronquiolite é uma doença causada por vírus, sendo o  mais comum o VSR – Vírus Sincicial Respiratório, mas pode ser causados por outros vírus também. A criança apresenta chiado, tosse e dificuldade para respirar, em intensidades variadas.
    2. O tratamento pode envolver medicações inalatórias, hidratação e acompanhamento cuidadoso.
  1. Bronquite
    1. Inflamação dos brônquios, que pode ser aguda ou crônica. Em crianças, geralmente, está associada a infecções virais ou bacterianas.
  1. Pneumonia
    1. Infecção nos pulmões que pode ser viral, bacteriana ou fúngica.
    2. Os sintomas incluem febre, tosse (produtiva ou seca), dor no peito e dificuldade respiratória.
    3. Em crianças, a pneumonia pode se manifestar de forma mais intensa e requer atenção imediata. Em casos mais graves, pode haver internação hospitalar para suporte com oxigênio e antibióticos intravenosos.
    4. O diagnóstico é feito por meio de exame clínico, radiografia de tórax e, em alguns casos, exames laboratoriais.
  2. Sinusite
    1. Inflamação dos seios da face, provocando congestão nasal, dor facial, tosse (principalmente à noite) e coriza.
    2. Em crianças, muitas vezes se confunde com resfriados persistentes. No entanto, a sinusite costuma apresentar sintomas por um período prolongado,  secreção nasal amarelada ou esverdeada e tosse.
    3. O tratamento pode envolver antibióticos (em casos bacterianos), corticoides, lavagem nasal com soro fisiológico e cuidados ambientais.
  3. Rinite Alérgica
    1. Inflamação da mucosa nasal desencadeada por alérgenos como pólen, poeira, mofo e pelos de animais.
    2. Causa espirros frequentes, coriza, coceira no nariz e congestão nasal.
    3. O controle ambiental e o tratamento específico são fundamentais para evitar complicações e melhorar a qualidade de vida da criança.
  4. Fibrose Cística
    1. Doença genética que afeta os pulmões e o sistema digestivo, levando à produção de muco espesso que dificulta a respiração e a absorção de nutrientes.
    2. Requer acompanhamento especializado e uso de terapias específicas para melhorar a função pulmonar e a nutrição.
    3. O diagnóstico precoce, muitas vezes feito por meio do teste do pezinho, permite intervenções que melhoram a qualidade de vida.
  5. Apneia do Sono em Crianças
    1. Interrupções momentâneas da respiração durante o sono, que podem estar relacionadas a aumento de amígdalas, adenoides
    2. Pode prejudicar a qualidade do sono, afetar o desenvolvimento, comportamento e o desempenho escolar.
    3. O tratamento varia desde intervenções cirúrgicas (em caso de amígdalas ou adenoides muito grandes), medicações e até mudanças de estilo de vida.
  6. Otites
    1. A otite média é uma inflamação ou infecção do ouvido médio, frequentemente associada a quadros de resfriados, sinusites ou alergias. Isso ocorre porque as vias aéreas superiores (nariz, seios da face e ouvido) estão conectadas.
    2. Sintomas incluem dor de ouvido, febre, irritabilidade, dificuldade para dormir e, em alguns casos, secreção saindo do ouvido.
    3. O tratamento pode envolver antibióticos (se a infecção for bacteriana), analgésicos para aliviar a dor e medidas para desobstruir as vias aéreas superiores (como lavagem nasal).
    4. O pneumologista pediátrico, em conjunto com o otorrinolaringologista, pode investigar se há relação com alergias ou outros fatores respiratórios que predispõem às otites recorrentes.
  7. Bronquiolite Obliterante
    1. É uma doença inflamatória crônica das pequenas vias aéreas, levando à inflamação, cicatrização e obstrução permanente dos bronquíolos. Pode ocorrer após infecções pulmonares graves (como bronquiolite por adenovírus).
    2. Em crianças, os sintomas incluem tosse persistente, falta de ar e chiado no peito, que podem ser confundidos com asma.
    3. O diagnóstico pode envolver exames de imagem, testes de função pulmonar e, em alguns casos, biópsia pulmonar.
    4. O tratamento é complexo e inclui o uso de corticoides, broncodilatadores, fisioterapia respiratória e acompanhamento de longo prazo para controlar a progressão da doença.

11. Tuberculose

  1. Infecção causada pelo Mycobacterium tuberculosis, que pode afetar principalmente os pulmões, mas também outras partes do corpo.
  2. Em crianças, os sintomas podem ser menos evidentes, incluindo tosse persistente, febre, chiado, sudorese noturna, perda de peso e, por vezes, aumento dos linfonodos.
  3. O diagnóstico envolve exame clínico, radiografia de tórax, teste tuberculínico (PPD),  se necessário, outros exames laboratoriais e de cultura.
  4. O tratamento consiste em um regime prolongado de antibióticos (geralmente por 6 meses ou mais), com rigoroso acompanhamento para evitar o desenvolvimento de cepas resistentes.

12. Tosse Crônica

  1. Definida como uma tosse que persiste por semanas ou meses, podendo ser sintoma isolado ou indicativa de condições subjacentes, como asma, refluxo gastroesofágico ou infecções respiratórias crônicas.
  2. O diagnóstico é baseado na história clínica e exame físico, com possíveis exames complementares para identificar a causa.
  3. O tratamento visa aliviar os sintomas e tratar a causa subjacente, podendo envolver medicações inalatórias ou ajustes na terapia.

13. Lactente Sibilante

  1. Refere-se a bebês que apresentam episódios recorrentes de sibilos (chiado) durante a respiração.
  2. Essa condição pode estar relacionada a infecções virais de repetição ou outras condições, e muitos lactentes podem apresentar melhora à medida que crescem.
  3. O diagnóstico é realizado através da avaliação clínica e do histórico dos episódios, e o acompanhamento é essencial prevenção e para descartar quadros mais graves.
  4. O tratamento pode incluir o uso de broncodilatadores, fisioterapia respiratória e,em alguns casos, corticosteroides, sempre com supervisão médica.
criança com asma

Como Identificar Problemas Respiratórios em Crianças

Saber reconhecer os sinais de alerta é fundamental para buscar ajuda especializada a tempo. Embora cada doença tenha características específicas, alguns sintomas gerais podem indicar que algo não vai bem com a saúde respiratória do seu filho.

Sinais de alerta

  • Tosse persistente: Uma tosse que dura mais de duas semanas merece atenção, principalmente se vier acompanhada de secreção, chiado ou falta de ar.
  • Chiado no peito (sibilância): O som semelhante a um apito durante a respiração indica estreitamento das vias aéreas, comum em quadros de asma ou bronquiolite.
  • Falta de ar ou cansaço fácil: Se a criança se cansa rapidamente ao brincar ou fazer pequenas atividades, pode ser um indício de problema pulmonar.
  • Respiração rápida ou ofegante: Bebês e crianças pequenas podem apresentar respiração acelerada em situações de febre ou esforço, mas se isso se tornar constante, é preciso avaliar.
  • Dificuldade para dormir: Tosse noturna, roncos ou interrupções da respiração (apneias) podem prejudicar o descanso e indicar doenças respiratórias.
  • Infecções recorrentes: Resfriados constantes, otites, sinusites e pneumonias frequentes podem estar associados a problemas de imunidade ou doenças respiratórias crônicas.

Caso você observe algum desses sinais de maneira persistente, é importante agendar uma avaliação com o pneumologista pediátrico. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maiores são as chances de um tratamento eficaz e menos desgastante para a criança.

criança com bronquite

Quando Procurar um Pneumologista Pediátrico

Muitos pais ficam em dúvida sobre o momento exato de levar a criança a um especialista. De modo geral, se os problemas respiratórios forem recorrentes ou se apresentarem maior gravidade, o ideal é buscar um pneumologista pediátrico. Além disso, alguns fatores adicionais podem indicar a necessidade de uma consulta:

  1. Histórico familiar de doenças respiratórias
    • Se existe um histórico de asma, alergias ou outras condições pulmonares na família, a criança tem maior predisposição a apresentar sintomas semelhantes.
  2. Diagnósticos prévios
    • Crianças que já foram diagnosticadas com asma, bronquite ou outra doença respiratória precisam de acompanhamento regular para ajustar o tratamento.
  3. Crises alérgicas frequentes
    • Rinites, sinusites ou dermatites atópicas constantes podem sugerir uma propensão a desenvolver problemas respiratórios.
  4. Uso excessivo de medicamentos
    • Se a criança faz uso constante de antibióticos, corticoides ou broncodilatadores sem melhora significativa, é hora de buscar uma avaliação especializada.
  5. Sinais de alerta citados anteriormente
    • Tosse persistente, chiado, falta de ar ou infecções recorrentes são motivos suficientes para consultar um pneumologista pediátrico.

Acolhimento e Orientação Familiar

Um dos pilares do atendimento em Pneumologia Pediátrica é o acolhimento à família. Cuidar da saúde respiratória dos pequenos envolve escuta ativa, esclarecimento de dúvidas e orientações práticas que ajudem no dia a dia.

Como o pneumologista pediátrico acolhe a família

  • Anamnese detalhada: Para um diagnóstico assertivo, é importante conversar sobre o histórico de saúde da criança desde o nascimento, verificar ambiente em que vive, hábitos alimentares, rotina, sintomas, dificuldades, fatores desencadeantes, tratamentos prévios, calendário vacinal.
  • Exame físico cuidadoso: Observar sinais clínicos e avaliar o funcionamento respiratório de forma completa.
  • Exames complementares: Raio X, tomografia, exames de sangue são individualizados
  • Esclarecimento de dúvidas: Explicar cada etapa do processo, dos exames necessários ao tratamento proposto, usando linguagem simples.
  • Orientações personalizadas: Sugerir mudanças no ambiente, na alimentação ou nos hábitos para reduzir exposição a alérgenos e melhorar a qualidade do ar.
  • Acompanhamento a longo prazo: Monitorar a evolução da criança e ajustar o tratamento sempre que necessário.

Esse acolhimento faz toda a diferença para que os pais se sintam seguros e possam participar ativamente do tratamento, ajudando na adesão aos cuidados propostos e na prevenção de complicações

anatomia pulmão

Importância da Prevenção e Controle

Quando se fala em doenças respiratórias, a prevenção é sempre a melhor estratégia. Medidas simples, porém eficazes, podem ajudar a manter a saúde dos pequenos em dia e evitar complicações. Veja algumas ações que podem ser adotadas em casa:

  1. Ambiente livre de fumaça
    • Não permita que se fume dentro de casa ou em ambientes frequentados pelas crianças..
  2. Higiene adequada
    • Ensinar a criança a lavar as mãos com frequência e a usar lenços descartáveis ao espirrar ou tossir reduz a transmissão de vírus e bactérias.
  3. Manutenção da limpeza e ventilação
    • Mantenha a casa limpa, arejada e livre de mofo. A ventilação natural ajuda a renovar o ar e reduzir a concentração de ácaros e outros alérgenos.
  4. Vacinação em dia
    • Certifique-se de que a criança esteja com o calendário vacinal completo, incluindo a vacina contra a gripe (influenza) e outras vacinas que previnem infecções pulmonares (como a pneumocócica).
  5. Alimentação saudável
    • Uma dieta equilibrada fortalece o sistema imunológico e contribui para a resistência a infecções.
  6. Exercícios físicos
    • Estimule brincadeiras e atividades físicas adequadas à faixa etária, pois isso fortalece a musculatura respiratória e melhora a capacidade pulmonar.
  7. Acompanhamento médico regular
    • Mesmo sem sintomas, é importante realizar check-ups periódicos, principalmente se a criança já tem diagnóstico de alguma doença respiratória.

Com essas medidas, a probabilidade de surgirem complicações diminui e, caso apareçam sintomas, eles podem ser identificados precocemente, facilitando o tratamento.

Principais Exames e Métodos de Diagnóstico

Para avaliar a saúde respiratória das crianças, o pneumologista pediátrico pode solicitar diferentes exames, de acordo com os sintomas e o histórico clínico. Alguns dos mais comuns são:

  1. Exame Físico e Anamnese
    • Conversa detalhada sobre os sintomas, histórico familiar, hábitos e rotina da criança.
    • Ausculta pulmonar e avaliação dos sinais vitais.
  2. Radiografia de Tórax
    • Importante para identificar alterações pulmonares, como pneumonia, hiperinsuflação, atelectasias ou outras anormalidades.
  3. Espirometria
    • Teste que avalia a capacidade pulmonar e o fluxo de ar, auxiliando no diagnóstico de asma e outras doenças obstrutivas.
  4. Oxímetro de Pulso
    • Mede a saturação de oxigênio no sangue, indicando se a criança está recebendo oxigênio suficiente.
  5. Teste de Provocação Brônquica
    • Usado para diagnosticar hiperresponsividade das vias aéreas, comum em pacientes asmáticos.
  6. Tomografia Computadorizada de Tórax
    • Fornece imagens detalhadas dos pulmões, permitindo a identificação de pequenas alterações ou lesões.
  7. Testes de Alergia
    • Podem incluir testes de contato, testes cutâneos (prick test) ou dosagem de IgE específica no sangue, ajudando a determinar alérgenos que desencadeiam sintomas.
  8. Broncoscopia
    • Exame endoscópico que permite visualizar o interior das vias aéreas, identificar obstruções, recolher amostras e diagnosticar problemas mais complexos.

A escolha do exame depende do quadro clínico e da idade da criança. Muitos desses procedimentos são simples e seguros, especialmente quando realizados por profissionais experientes em ambiente adequado.

pneumologista cuidando de uma criança

Tratamentos e Terapias Disponíveis

O tratamento das doenças respiratórias em crianças varia de acordo com o diagnóstico e a gravidade do quadro. Em geral, pode envolver:

  1. Medicações Inaladas
    • Broncodilatadores, corticoides e outros fármacos podem ser administrados por inalação, reduzindo efeitos colaterais e agindo diretamente nas vias aéreas.
  2. Antibióticos
    • Indicados em casos de infecções bacterianas, como pneumonia ou sinusite, sempre com prescrição médica.
  3. Anti-inflamatórios
    • Corticoides sistêmicos ou inalados podem ser necessários em crises de asma ou bronquite mais intensas.
  4. Antivirais
    • Em algumas situações específicas, especialmente para bebês e crianças de alto risco, podem ser utilizados medicamentos antivirais.
  5. Fisioterapia Respiratória
    • Auxilia na remoção de secreções, melhora do broncoespasmo e  da função pulmonar
  6. Imunoterapia (Vacinas de Alergia)
    • Pode ser recomendada para crianças com alergias específicas que desencadeiam crises respiratórias frequentes.
  7. Cuidados Ambientais
    • Mudanças na rotina e no ambiente domiciliar, como redução de poeira, exposição a ácaros e poluentes, podem ser parte fundamental do tratamento.
  8. Acompanhamento Nutricional
    • Em doenças crônicas, como fibrose cística, é essencial garantir boa nutrição para fortalecer o organismo e auxiliar no crescimento.
  9. Atividade Física Orientada
    • Em casos de asma, por exemplo, a prática de exercícios regulares e supervisionados pode ajudar a melhorar a capacidade pulmonar e a controlar as crises.
  10. Imunobiológicos
  • Esses fármacos atuam de forma específica em mecanismos do sistema imunológico que estão envolvidos na inflamação crônica dos pulmões, como no caso de asma grave ou outras doenças que não respondem bem aos tratamentos convencionais..
  • O uso de imunobiológicos exige avaliação criteriosa, pois são medicações de alto custo e que demandam acompanhamento contínuo do pneumologista pediátrico para monitorar efeitos e resultados.

O pneumologista pediátrico avalia cada caso e indica o tratamento mais adequado, considerando a idade, a gravidade dos sintomas e as necessidades individuais da criança. Além disso, o acompanhamento contínuo permite ajustar a terapia conforme a evolução do quadro.

criança com asma e bronquite

Dicas Práticas para os Pais

Cuidar da saúde respiratória das crianças envolve mais do que consultas médicas. Há diversas ações simples que podem ser incorporadas ao dia a dia e fazem toda a diferença na prevenção e no tratamento de doenças respiratórias.

  1. Mantenha a casa ventilada
    • Abra janelas diariamente para renovar o ar. Evite ambientes úmidos ou mofados.
  2. Evite tapetes e cortinas pesadas
    • Esses itens acumulam poeira e ácaros, que podem desencadear crises alérgicas e asma.
  3. Limpe brinquedos regularmente
    • Brinquedos de pelúcia, por exemplo, acumulam ácaros. Prefira lavá-los com frequência ou optar por brinquedos de plástico.
  4. Aposte em travesseiros antialérgicos
    • Essa medida ajuda a reduzir a exposição a ácaros durante o sono.
  5. Evite produtos de limpeza com cheiro forte
    • Prefira opções neutras ou hipoalergênicas para não irritar as vias aéreas.
  6. Mantenha o aleitamento materno
    • Se possível, amamente seu bebê pelo tempo indicado pelo pediatra. O leite materno fortalece o sistema imunológico.
  7. Estabeleça horários para dormir
    • Um sono adequado contribui para a recuperação do organismo e o bom funcionamento do sistema respiratório.
  8. Incentive a prática de atividades físicas
    • Caminhadas, brincadeiras ao ar livre e esportes ajudam a desenvolver a capacidade pulmonar e o condicionamento físico.
  9. Observe sinais de piora
    • Fique atento a tosse persistente, chiado ou falta de ar, especialmente à noite ou após atividades físicas.
  10. Agende consultas de rotina
  • Mesmo que seu filho não apresente sintomas, consultas regulares podem detectar problemas em fase inicial.

Mitos e Verdades sobre Doenças Respiratórias

A internet e as redes sociais podem ser fontes de desinformação. Por isso, é importante esclarecer algumas dúvidas comuns sobre doenças respiratórias na infância.

  1. “Criança com asma não pode praticar esportes.”
    • Mito. Com acompanhamento adequado e tratamento correto, a criança com asma pode e deve praticar atividades físicas para fortalecer o sistema respiratório.
  2. “Quem tem rinite alérgica vai desenvolver asma obrigatoriamente.”
    • Mito. Embora exista uma relação entre rinite alérgica e asma, nem todas as crianças com rinite vão desenvolver asma. Cada caso é único.
  3. “Uso de corticoides inalados vicia.”
    • Mito. Corticoides inalados não causam dependência. Eles são fundamentais para o controle de inflamações em doenças como asma, reduzindo as crises e melhorando a qualidade de vida.
  4. “Remédios caseiros curam a tosse.”
    • Mito. Algumas medidas caseiras, como hidratação e inalações com soro, podem aliviar sintomas, mas não substituem a avaliação médica e o tratamento adequado.
  5. “Tosse prolongada sempre é sinal de pneumonia.”
    • Mito. A tosse pode ser sintoma de diversas condições, como asma, bronquite, sinusite ou mesmo alergias. Somente o médico pode dar o diagnóstico correto.
  6. “Criança que respira pela boca tem mais problemas de crescimento.”
    • Verdadeiro. A respiração bucal constante pode afetar o desenvolvimento da face e da arcada dentária. É importante avaliar a causa da obstrução nasal e corrigir o problema.

Perguntas Frequentes

1. Meu filho tosse muito à noite. Pode ser asma?
A tosse noturna é um sintoma comum de asma, mas também pode estar relacionada a outras condições, como refluxo gastroesofágico ou sinusite. A melhor forma de esclarecer é agendar uma consulta com um pneumologista pediátrico para avaliação detalhada.

2. Como saber se meu filho tem rinite alérgica ou apenas um resfriado?
A rinite alérgica costuma ser persistente e está associada à exposição a alérgenos. Já o resfriado é uma infecção viral que dura alguns dias. Se a criança apresenta coriza, espirros e coceira no nariz com frequência, principalmente em contato com poeira ou animais, é provável que seja rinite alérgica.

3. Quais exames são feitos para diagnosticar asma em crianças pequenas?
Em crianças menores de 6 anos, não pode ser mais difícil de ser realizada, pois exige colaboração. Nesses casos, o pneumologista pode usar a história clínica, o exame físico e testes de broncodilatadores para chegar ao diagnóstico.

5. Qual a importância da vacina contra a gripe?
A vacina contra a gripe (influenza) ajuda a prevenir infecções respiratórias que podem desencadear crises de asma ou agravar outras doenças pulmonares. Mesmo que a eficácia não seja de 100%, ela reduz significativamente o risco de complicações graves.

6. Crianças com fibrose cística podem ter vida normal?
Com o avanço dos tratamentos, muitas crianças com fibrose cística conseguem ter uma vida próxima do normal, desde que recebam acompanhamento especializado, medicações adequadas e cuidados constantes, como fisioterapia respiratória e nutrição adequada.

7. Em quais casos os imunobiológicos são indicados?
Os imunobiológicos costumam ser recomendados para casos de asma grave ou outras doenças respiratórias de origem inflamatória que não respondem bem aos tratamentos convencionais (como broncodilatadores e corticoides inalados). O pneumologista pediátrico avalia o histórico clínico da criança, a frequência e a gravidade das crises para determinar se esse tipo de terapia é indicado.

8. Otites podem estar relacionadas a problemas respiratórios?
Sim. Otites médias, por exemplo, podem ocorrer em conjunto com sinusites e alergias, pois as vias aéreas superiores (nariz, seios da face e ouvido) estão conectadas. Uma inflamação ou infecção em uma dessas áreas pode afetar as outras. O pneumologista pediátrico, em conjunto com o otorrinolaringologista, avalia se há relação com alergias ou fatores ambientais.

9. O que fazer quando a criança tem bronquiolite obliterante?
A bronquiolite obliterante é uma condição rara e crônica. O tratamento envolve corticoides, imunomoduladores, broncodilatadores, fisioterapia respiratória e acompanhamento de longo prazo para controlar a progressão da doença. É fundamental ter um pneumologista pediátrico de confiança para orientar todo o processo.

Cuidar Hoje para Respirar Melhor Amanhã

A Pneumologia Pediátrica desempenha um papel crucial no cuidado da saúde respiratória das crianças. Desde o diagnóstico até o tratamento e a prevenção, o acompanhamento especializado faz toda a diferença para garantir que os pequenos possam crescer de forma saudável, ativos e com qualidade de vida.

Se você percebe que seu filho apresenta sintomas persistentes, como tosse, chiado no peito, falta de ar ou infecções recorrentes (incluindo otites e sinusites frequentes), não hesite em buscar ajuda. Quanto mais cedo um problema respiratório for identificado, mais eficaz será o tratamento e menor o impacto no desenvolvimento da criança.

A consulta com um pneumologista pediátrico não precisa acontecer apenas em momentos de crise. O acompanhamento regular permite avaliar a saúde dos pulmões, ajustar tratamentos (inclusive os mais modernos, como os imunobiológicos, quando necessários) e orientar a família sobre os cuidados em cada fase do crescimento.

Estou à disposição para auxiliar e orientar você e sua família. Caso tenha dúvidas ou queira agendar uma consulta, entre em contato. Será um prazer contribuir para que seu filho respire melhor e tenha uma infância mais feliz e saudável.

criança saudável

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